sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
Feliz Aniversário
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
O bilhete
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Prédio Rio Branco, Apto 303
sábado, 7 de novembro de 2015
O que desejar a alguém.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Aviãozinho de papel
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Família
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Ali
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Letrinha / Pegar ou Largar
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Setembro
domingo, 13 de setembro de 2015
Jornais
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Polaroid
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Sinais de fumaça
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Dias que virão
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Extraño
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Paraíso
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Diga a ela
sábado, 8 de agosto de 2015
Eu caminhava
domingo, 2 de agosto de 2015
O homem das estrelas
domingo, 26 de julho de 2015
Canção da meia noite
quinta-feira, 23 de julho de 2015
A lua de Misa Amane
domingo, 12 de julho de 2015
Sobre o tempo
quinta-feira, 9 de julho de 2015
P.N.G.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
"Garota paraquedas"
domingo, 5 de julho de 2015
Final feliz III
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Final Feliz II
Já não é o começo da história, e muito menos o inicio do mapa. Que agora está mais estreito, aproximando o que até então, se apresentava distante. Manifeste-se e o resultado virá, feito uma engrenagem, ora lenta, ora absurdamente rápida. Mas virá.
Quem se move faz a diferença, e não há duvidas sobre isso. Reconheça quem merece ser reconhecido, auxilie quem precisa ser auxiliado, e chute as portas de quem está em silêncio. E ajude quem não quer se entender a encontrar o que precisa. E o mundo gira.
O mundo gira e a corrente segue. Da mesma forma e maneira que se segue através desse mundo. O que se dá é o que se recebe, e todo momento é um momento de encontro. O sorriso que se instaure no rosto, pouco faz se cansado ou irritado. Que o sorriso se instaure. A hora chegou.
terça-feira, 30 de junho de 2015
Final Feliz I
sábado, 20 de junho de 2015
O jogo mental do vôlei
domingo, 14 de junho de 2015
O senhor na montanha
sexta-feira, 5 de junho de 2015
O árbitro campeão
João Rogério Mendonça aos quatro anos de idade se apaixonou por futebol. Seu pai, José Raimundo Mendonça, lhe entregou uma bola. Ela rolou pelo chão de terra batida daquele pátio em slow motion, o menininho sabia que algo diferente estava acontecendo.
Passou a infância toda dizendo que queria ser jogador de futebol, ficava o dia todo na rua chutando bola com os colegas e amigos. Até que anoitecia e os pais lhe chamavam para jantar e estudar. Esse era o trato e ele entendeu desde o inicio, para jogar bola precisava estudar. Não que uma coisa se relacionasse com a outra, mas os pais disseram que se ele tirasse boas notas passaria o tempo que quisesse jogando bola. E os pais não abusavam, aprenderam desde cedo como motivar seu segundo filho.
Dos doze aos dezessete anos, João, então chamado como Néquinho (ninguém sabe a origem do apelido, quando viram era o seu quase nome), passou por 35 peneiras diferentes. Passou apenas em times muito pequenos e sem projeção, e mesmo assim, a primeira vez ocorreu na décima quinta tentativa. O rapaz viveu sua puberdade assistindo seu sonho se evaporar em tentativas frustradas pela falta de aptidão necessária para se tornar jogador de futebol.
Ainda na adolescência João entendeu que para fazer parte do mundo do futebol teria que adaptar seu sonho. Mas João era vaidoso e orgulhoso, o caminho natural era estudar Educação Física e se tornar um treinador ou preparador físico e seguir carreira nos clubes de futebol. Não para João, ele logo entrou para a faculdade de Administração. Se formou e emendou Relações Internacionais. Nesses oito anos, fez todos os cursos possíveis e oferecidos pela Federação de Futebol do seu estado pra se tornar árbitro.
Ao longo da vida acadêmica o jovem árbitro passou por campeonatos amadores da cidade em que morava. Aliás, é desse tempo o famoso episódio do artilheiro dos mil gols, com reportagem da sucursal da principal rede de televisão do país e pedido de música para aquele programa de televisão. Toinho o artilheiro dos mil gols, foi o primeiro a despertar no jovem árbitro um rancor enorme contra o futebol. Ele sempre seria a lei, a última palavra seria a dele, mas ele jamais seria a estrela. Isso o amargurou bastante.
Passou pelas duas divisões do estado quando era bixo em Relações Internacionais, e no final de semana anterior a apresentação de seu trabalho final de graduação apitou a final do estadual, o grande clássico do estado. A atuação segura e o jogo tranquilo ( o primeiro resultado havia sido 3x0 para o time que decidia em casa naquele domingo e, que abriu o placar aos 10 do primeiro tempo), o levaram para o quadro da Confederação nacional. Apitou, quer dizer arbitrou, porque apitar não é termo digno, então, José arbitrou jogos da serie D e C no seu primeiro ano no quadro nacional.
Aos vinte e oito anos e com três finais consecutivas do estadual, partidas de serie A,B,C e D do Campeonato Brasileiro e semifinais da Copa do Brasil, se tornou aspirante do quadro da confederação sul-americana. Estava como quarto árbitro naquele famoso jogo da Copa Sulamericana em que um jogador chileno driblou dois adversários e mandou um chute seco na gaveta. O típico gol de vinheta. Segurando a placa com o acréscimo, João assistiu ao lance, mordeu os lábios para não gritar um “puto de sorte”. Tamanha foi a sua raiva naquele momento.
Mas certos momentos podem trazer bons aprendizados. João se casou e amadureceu. Parou de dar cartões amarelos severos para certos jogadores (normalmente o craque), focou na sua preparação física e mental para os jogos. Aos 31 anos era do quadro da Federação internacional. Comandou jogos da eliminatórias sul-americanas, inclusive um clássico entre Uruguai e Argentina. Como ele estava se comportando, o destino colaborou com ele, o grande craque que estaria em campo havia se machucado pela Liga dos Campeões dias antes e o 0x0 transcorreu tranquilo, classificando os dois times para a Copa no ano seguinte.
Na Copa do Mundo, João Rogério comandou duas partidas. Partidas menores, mas foi aprovado pelo conselho de arbitragem. Provavelmente partidas menores não instigaram o rancor de João contra o futebol. E nem a eliminação da Seleção Brasileira nas quartas de final apagaram seu bom momento. Teria ainda duas Copas do Mundo, já que o outro arbitro brasileiro a viajar para o torneio encerrava naquele momento o seu ciclo de sucesso em três Copas.
Aos 35 anos depois de três finais da Copa do Brasil, duas de Libertadores e uma participação no Mundial de Clubes, João Rogério chegava a Europa para aquela que seria a sua Copa. Estava muito bem preparado, há tempos que não dava um cartão amarelo bobo, nem marcava pênaltis inexistentes. Participava de programas de TV com sua hábil retórica, tão bem elaborada nos tempos de Administração e Relações Internacionais. Não era apenas um profissional respeitado no futebol, na área em que se graduou também, devido à sua empresa de importações.
Sua performance estava sólida, arbitrou 4 jogos e foi quarto arbitro em outras duas. Atuações elogiadíssimas pela imprensa especializada. Na sua estreia expulsou corretamente o zagueiro sensação da Alemanha, após o mesmo dar um carrinho no atacante uruguaio que partia em direção do seu segundo gol no jogo. O 0x0 entre Itália e Holanda não houve uma interferência sua no resultado, e rendeu elogios do treinador holandês, para surpresa de todos. Na surpreendente vitória de Gana sobre a Suíça, com três gols do seu camisa 6, João sentiu uma leve sensação familiar. Mas não soube reparar. Estava na SUA Copa do Mundo, e em dois dias seria o responsável pelo jogo entre Japão e Espanha pelas quartas de final.
Sua atuação até hoje é lembrada por muitos, os espanhóis venceram por 3x2 os japoneses com um pênalti marcado aos 40 minutos do segundo tempo. João Rogério apitou na hora do contato entre o zagueiro japonês e o atacante espanhol, foi firme na hora da reclamação e não precisou dar nenhum cartão amarelo bobo. Nos dois dias seguintes só se falava em João Rogério na final, não havia outro arbitro à sua altura depois daquela tarde.
Mas havia um detalhe, e o futebol não perdeu a oportunidade de ser irônico com o impaciente João Rogério. No último jogo das quartas de final, o Brasil enfrentaria a França. E para João Rogério o Brasil não poderia ir além das quartas de final naquela Copa do Mundo. O conselho de arbitragem da Federação Internacional havia decidido que esse era o limite para árbitros do mesmo país de seleções que seguiam para as fases decisivas da Copa. Enfim, exatos três dias depois de sua maior atuação como árbitro, João Rogério assistiu de dentro do estádio ao renascimento do futebol brasileiro, ao enfrentar um de seus maiores fantasmas.
Enquanto um novo sopro de esperança tomava conta da torcida brasileira, um rancor com tremor tomava conta de João Rogério. Naquele exato momento, sentado em uma confortável cadeira de estádio moderno europeu, assistindo jogadores trocando de camisetas. Quem saia com a camiseta branca na mão, sorridentes abanavam para as arquibancadas que entoava um samba qualquer. Um jogador chegou a abanar para João Rogério, provavelmente o reconhecendo daquela final de estadual de 10 anos antes. Era um sorriso de um vitorioso saudando outro. Naquele momento, naquele longo e contrastante momento, João Rogério começou a organizar o seguimento de sua carreira. Era um vitorioso saudando outro.
Tão rápido quanto a escalação do árbitro para a semifinal entre Brasil e Holanda, João Rogério utilizou dos contatos dentro da Federação para conversar com a comissão técnica da Seleção. Até hoje, os atletas, dizem que a palestra técnica sobre o estilo de arbitragem do árbitro japonês da semi-final (3x2 para o Brasil!) e antes da final (4x1 Brasil sobre a Argentina),sobre o húngaro que todos conheciam da Champions League, fizeram a diferença. O capitão disse em uma entrevista para uma revista de circulação nacional que entrar em campo sabendo que certo tipo de carrinho o “japonês” ia deixar passar, mas reclamação nunca, colocou os atletas em campo mais cientes do que fariam. Mas o que ele defendeu como fator diferencial foi o brilho nos olhos de João Rogério, “era como se ele quiser estar em campo com a gente... e esteve! Tanto que a Federação mandou fazer uma medalha igual a recebida pelos atletas para o envolvido árbitro.
sábado, 30 de maio de 2015
Serendipidade
Serendipidade
Aquela hora em que algo muda. Julio realmente não sabia o que aconteceria quando saiu de casa aquela manhã. Pensava muito sobre coisas vagas, garotas erradas, algum emprego desestimulante, e os resultados da rodada do dia anterior. No meio disso algo muito vago sobre a garota certa, alguma fantasia sobre viajar no tempo, e curiosidade sobre como a mestatase pode vir a ser vencida. Enfim, coisas que ele ainda não se propõe a dar a devida atenção.
Mas é de manhã, ele tem um trabalho chato para repetir mais um dia e novamente guardar dentro de sua mente novas ideias para melhorar aquele ambiente. E ficar no silêncio, e não se encontrar no olhar perdido de quem anda em círculos, acumulando cálculos matemáticos e raciocínio lógico sem perceber. Afinal, porque prestar atenção em onde está indo. Tudo era tão confuso e tão desconexo quanto a frase anterior soou poder ser escrito com qualidade e, principalmente, mais clareza.
Mas siga no trote com Julio, esses passos por ora perdidos o levarão a algum lugar. Todos temos a nossa chance, alguém será a vírgula dessa história. Nesse caso, a curva bacana, daquelas que é legal observar do outro lado antes que alguma das suas verdades também lhe apresentarem à sua curva. Depois que ele atravessar mais um dia desses que não mudam ele irá se encontrar com Bob e Jaime, seus amigos.
Uma coca-cola, uma cidade, uma noite vazia. Taxis que não se movimentam e uma noite modorrenta. A roupa suja expressando o desleixo com tudo o mais e o assunto em looping quase eterno, até que... Jaime escuta alguma reclamação de Julio, Bob fecha a cara. Jaime solta apenas para o ar a pergunta decisiva, Bob carimba em cima. Julio primeiro escuta, depois assimila. Com o estômago vazio de algo que alimentasse o corpo, mas cheio de coca-cola, sentiu o aviso. E antes que o olhar se encontrasse, entendeu o quanto ainda estava perdido. E com isso, se encontrou.
Na manhã seguinte foi trabalhar feliz, havia um plano e havia um lugar para ele encontrar. Jaime lhe apresentou um caminho, Bob carimbou esse caminho. E coube a Julio, em seu tempo, sentir os passos, tornar garotas erradas e o emprego desestimulante em coisas vagas, se divertir com os resultados da rodada do dia anterior. Um dia ele questionaria mestatases, se tornaria o cara certo para alguma garota que precisaria encontrar o seu próprio olhar também. E viagens no tempo? Bom, calças xadrez e um copo de wisky sempre o acompanhariam no futuro.