quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

"Contos do Bom Reino - A Lua e o Sol"

Contos do Bom Reino


A Lua e o Sol

                Há uma lei no Bom Reino sobre a adoração à Lua e ao Sol. O Bom Reino reconhece como dignas e justas cada uma das homenagens ao satélite e à estrela que encantam o céu com todos os seus mistérios e poder. Reconhece também a influência e importância de cada um sobre a natureza e qualidade de vida das pessoas que convivem no Bom Reino.
                Então o Bom Reino convocou seus moradores para escutarem um novo decreto. Enquanto todos se reuniam na praça principal, sentados à grama compartilhando seus chás e tocando instrumentos musicais, um oficial do Bom Reino ergueu os braços e leu as seguintes palavras em seu pergaminho:

- Em vista das inúmeras homenagens oferecidas à nossa brilhante e fascinante Lua e ao nosso iluminado e sempre bem vindo Sol, fica decretado que haverá uma data muito especial para o Bom Reino expressar seu carinho, reconhecimento, e gratidão à estes seres tão especiais: O dia de hoje! E o evento a partir de hoje fica oficialmente nominado por: “O dia de hoje”. E que cabe a cada cidadão, do Bom Reino ou não, decidir como fará a sua homenagem, em grupo, isolados, silenciosos ou movimentados, fica apenas a única reflexão de que , por se tratar de uma manifestação feliz, o Bom Reino assume esta ação com a intenção de paz. Entre as pessoas e seres universais, entre as pessoas e elas mesmas.

                O oficial recolheu seu pergaminho e os cidadãos o questionaram, não havia uma data marcada, ele havia esquecido de informar. Todos queriam saber o dia , e quanto tempo faltava, para celebrarem com tanto carinho e liberdade a relação com nosso amigos. A surpresa de todos foi tamanha quando ouviram que tudo o que havia de escrito no pergaminho havia sido dito para eles. O tempo  foi trazendo silêncio, e aos poucos foi se percebendo sorrisos e mãos protegendo os olhos. O primeiro dia oficial de celebração ao sol estava oferecendo seu pôr do sol feliz aos amigos.

                Poetas diriam ao longo dos tempos que gostavam de imaginar um belo sorriso vindo do sol naquele fim de tarde, E há quem diga, existem quadros sobre a cena, sobre a linda Lua que abriu o céu, um manto negro  com inúmeros brilhos de estrelas vestindo uma bela dama para mais um de seus espetáculos. O dia de hoje é obra de muitas e muitas homenagens e realizações no Bom Reino.   

sábado, 2 de janeiro de 2016

Em 2015...

Em 2015 eu vi...

                Em 2015 eu vi uma tempestade de areia virar uma história que me levou para Austrália. Eu vi um programa de rádio ensinar a arte da produção, e os bastidores são fantásticos! Uma pesquisa servir para tantas coisas, até entender que respirar é a melhor escolha do momento.
                E como tudo soa como precisa soar, houve o silêncio apresentando sua força pela experiência da necessidade, para no instante seguinte soar a o reencontro da melhor banda da história. E me encontrar com os tons, os ritmos, e brindar o reencontro com a música. Metros dali a sociedade, a amizade e um grande parceiro de estudo. Cerque-se de pessoas inteligentes e sua necessidade de estudos solitários se torna encontros com gênios lhe ensinando sobre como a contemporaneidade observa a teoria. Mas nada mais fantásticos do que a prática.
                Eu vi as ondas de equilíbrio ensinadas pelo slackline favorecendo a adaptação de um irmão à uma nova capital. E por falar em capital, como eu curti a da minha família. Mamãe foi guiada pelo anjinho Manakel ao espantar mosquitos do meu joelho, ao cuidar e ser cuidada pelas minhas manas, ao trabalhar guerreira desejando que todos se compreendam. Sabe, se hoje tu és meu amigo, foi ela quem me ensinou o dom da amizade.
                E amigos, vocês que me salvam na hora apertada do mês, que me orgulham conquistando seus reinos, em Palácio de Esmeraldas ou na beira do mar de Santa Catarina. Ou no seu próprio lar, comprado a suor do seu trabalho de mente jovem. Que silenciaram comigo, que me ensinaram, que aprenderam comigo. Vocês que estão encontrando 7 dígitos, um outro continente, uma nova oração, e que entenderam algo. Vocês que fazem bolos fantásticos e me ensinam sobre classe, que topam o mistério, e me dão conselhos. Há os que dizem amém comigo, e os que agradecem junto.
                Em 2015 eu vi um blog virar coluna sobre a prática profissional, eu vi muitos sonhos brilhando em olhos de crianças, adultos, idosos. Eu pude conversar sobre os sonhos das pessoas e sobre como isto é importante, inventei uma carreira de palestrante para isso. Porque de repente uma bola de vôlei havia voltado comigo, e isso me fez querer saber mais sobre foco, que me ensinou a buscar divertir e relaxar as pessoas em busca disso, que me ensinou que assim ficamos mais a vontade uns com os outros, que ensinou que à vontade protege da derrota e a vitória, que sempre vem para quem acredita nela e luta e se dedica e erra e ama e amaldiçoa mas jamais desiste, fica mais saborosa em um ambiente de amizade. E de repente a França teve um final de semana semelhante aos garotos da UFSM. Brilhos de Zeitgeist, eu sabia que meu professor humanista não me decepcionaria, aquela manhã de 2009 se cumpre sempre que lembro do espírito do tempo. E Sra Calorta Ibertis, é você quem fecha a Gestalt deste raciocínio.
                A honra de ver Mestres em suas cerimônias matrimoniais. As duas semanas mais impactantes do ano do Sport Club Internacional, trabalharemos juntos pelo nosso clube em breve. Tudo é possível quando se percebe que a maior referência do esporte em que você trabalha vem à sua cidade palestrar no mesmo espaço em que você celebrou a sua formatura e você é o gerente do evento. Uma manhã/tarde em que me vi surfando em uma flecha, o alvo atingido. Os franceses hoje, amanhã o saque, no dia seguinte os líberos, e tudo sob o olhar da estratégia. Nossa, como isto é interessante.
                Em 2015 eu vi o Mestre se apresentar, pelo espírito  e pela opinião empática. Bom, ele entende o que as cinco letras reunidas que formam a palavra Oasis significam para mim. Senhor Carl Gustav Jung um brinde ao senhor e à todas as mentes que lhe acompanham. Gratidão à sincronicidade, uma das palavras que mais alívio me traz. E Gratidão, é óbvio. J
                Em 2015 eu vi muitas pessoas com seu arco e flecha mirando o seu alvo. Vestidos de amarelo, de azul , de estudantes, fisioterapeutas, atletas e crianças. Ah, as crianças, elas são tão fantásticas. Experimente permanecer de mau humor em um dos treinos de jiu jitsu na escola com o pessoal da Gheto. O professor me disse “tu acha que chega oferecendo algo e sai percebendo que recebe muito mais”. Dali pra frente a sequencia da minha carreira  se tornou toda direcionada para dialogar com as inteligências das crianças. Elas te contam com 5 anos sobre como elaboram a estratégia para um jogo de pokemons, outras com 7 flauteiam valendo os outros amigos do time rival (e cara, eu só curto essa parte besta do grenal entre as crianças), as com um pouco mais de idade protegem o grupo, assim como os mais avançados.
                Em 2015 eu vi um canal virar um grupo abençoado. A possibilidade de assistir de camarote ao sonho de um amigo sendo realizado. O vôlei também me mostra isto. O EsporteSul me mostra isso. E as pessoas começaram a chegar com suas ferramentas, ao passo que eu ofereço as minhas também. Isso é demais, a cooperatividade é o princípio de muitos sucessos. E muitos sonhos vindos novamente. Compartilhar é o ato mais bonito.

                E para encerrar, porque já estamos em 2016, o que você viu em 2015? O que você quer ver em 2016?