O garçom se virou pra trás, topou com uma bela novidade. Franziu o bigode , girou a ponta de seu lado direito com a ponta dos dedos. Franziu a testa e virou-se para voltar de onde veio.
- Fuuuuuuu... , espere um pouco. O que você pensou? Fez uma bela careta, cheia dos detalhes do parágrafo acima.
- Vocês nunca viram um coletivo de golfinhos especialmente feliz?
- Golfinhos?
- Hã, não?
- Especialmente, até o dia de hoje, já havia servido Narguilés para artistas e músicos terráqueos
- Hey!
- ... e de Júpiter também, continuando, porém essa noite em especial, e esse grupo em especial estão diferentes. Dessa vez é diferente.
- Como você pode afirmar isso?
- Ora, vocês estavam lá dentro. Não prestaram atenção no papo animado de happy hour entre o show de sombras de brindes e debates sobre combustível renovável de maneira improvável?
- Do que você está falando?
- Daquele grupo que esteve bebendo o tempo todo, aos gritos e gargalhadas como final de futebol com vitória enquanto os srs tocavam seus instrumentos simplórios.
- Eu te falei que os de Júpiter são mais apropriados.
- Porém não para esta situação...
Todos olham para o clarão de fumaça que rompe um ponto exato do estacionamento.
- Ruffus!!!
Disseram os dois músicos , e sem pestanejar. Diria Silveirinha.
- Peraí, eu não te conheço.
- Muito menos eu.
- Meus jovens, venho de minha cabine lhes informar, que em outro angulo e quadrante deste mesmo multiverso, Theodorus e William precisam de vocês.
Uma lágrima de emoção e de oportunidade caiu de Júpiter, resvalando no longo espaço sideral por prismas coloridos em direção a uma cabine telefônica terráquea.