A campainha do apartamento toca. Ninguém havia acionado o interfone, pensou consiga mesma. Através do olho mágico sentiu que podia confiar no senhor calvo de terno preto do outro lado da porta. Mas será que ele confiaria nela? Estranha pergunta a se fazer em um momento desses, em que ela está dentro do apartamento e o cara simpático em que ela pode confiar não... Tão rápido quanto a divagação a porta bate novamente, um pouco mais incisiva.
- Porra, vou eu ter que abrir essa port...
O silêncio procede a sentença do senhor engravatado (e nesse momento ele olha indignado para o redator da história perguntando "vai me definir ou não?") , essa é a sentença:
- Olá, eu sou SHIELD e vim recrutar vocês.
- Vai se catar.
- Quem é você?
- Nós os monitoramos há um bom tempo, desde que ele chegou a Curitiba e vem obtendo êxitos em seus controle do stress excessivo, que você sabe bem como é difícil controlar.
-Se sei...
- Oq?
- Se acalme amigo, você está prestes poder liberar toda essa energia em um inimigo comum...
- Qual?
- Você descobrirá...
A conversa é interrompida por dois senhores ainda mais engravatados que o não definido que por isso não se apresentou:
- Vocês devem interromper esse diálogo imediatamente.
-Porque?
-Porque nós somos da Marvel e vocês não podem fazer isto...
- Existe alguma forma de negociarmos isto? O Universo precisa da ajuda desses dois para sobreviver...
Ela:- Como assim os dois?
Ele:- Vai se catar!
- Na verdade tem sim.
Um longo silêncio para dramatizar.
- O que pode ser feito é ele usar o anel do Capitão Planeta. O antigo brasileiro do grupo resolveu seguir carreira solo e perdeu o uso do seu anel.
- E ele vai ter que gritar aquilo?
- Vai. Está no contrato que a gente trouxe.
Ele: - Ele quem. ( mas ninguém escuta)
Barulho de músculos crescendo.
Ela:- Vocês não sabem onde estão se metendo.
Os engravatados seguem discutindo o contrato.
Mais barulho de músculos de crescendo.
Ela: - Eu bem que aviseeeeeeeeeeiiii... E saltou pela janela do apartamento.
Antes que entendessem o que ela queria dizer, os engravatados conheceram uma das mãos de Hulk e com um brilhante peteleco voaram pela mesma janela. Para bem longe de Curitiba.
Com a outra mão Hulk equilibrava uma então curtíssima toalha de banho em frente a seu corpo nú. Havia recém saído do banho e estava a caminho do quarto para se vestir quando as visitas começaram a chegar.
O interfone toca:
Ela: - Eles já foram?