sábado, 14 de março de 2015

A tempestade de areia do Prédio Rio Branco

O casal de senhores do apartamento 202 e a tempestade de areia em Dubai

Sala de estar, quase 11 horas da noite, daquelas noites bem divertidas de bate-papo com bons amigos. Pedro Luis e Ana retornavam de mais uma de suas viagens, a vida permitia esses belos mimos para os dois. Duas carreiras bem sucedidas e um bom tempo dedicado à profissão renderam esses momentos. Então de ano em ano faziam uma viagem interessante, aonde quer que fosse interessante.
Ano passado foi o litoral, curtir o mar. Um verão bem tranquilo e bem caseiro. Outro ano foi o sul da França, e planejavam Buenos Aires novamente, assim como Nova York. Estavam falando sobre isso com um casal de amigos quando a campainha tocou, informando que mais amigos haviam chegado. Um pouco atrasados, mas era uma daquelas noites bem divertidas de bate-papo com bons amigos.
As três pessoas que surgiram porta à dentro já foram tomando conta do espaço, servidas de vinho e pedindo animadamente por detalhes da mais recente viagem. Ana empolgada começou a contar sobre a estadia mais bem aproveitada em sua história. Uma pequena escala em Dubai combinada com um atraso do voo seguinte e o cenário havia sido  criado.
Mesmo que o hotel fosse bem aconchegante, dores nas costas de noite mal dormida em um avião poderiam ser recuperadas em ou dois dias bem dormidos no Prédio Rio Branco. Tomaram um banho, deitaram por uma hora e foram viver a cidade. E que vida eles encontraram!
                Prédios e mais prédios, fantásticos e belos, e o que fosse discreto talvez não tenha sido visto. Ruas organizadas, limpas, muitas luzes, muitas cores. Muito movimento. E uma pausa para visitar o prédio muito alto. Tudo aparentava ser “muito” em Dubai.
                Percorreram mais de 140 andares até chegarem a um terraço considerado ponto turístico. De repente, uma nuvem avançando de longe, e se aproximando. O que poderia ser um trovão cortou o céu. Uma nuvem avança contra o terraço com mais velocidade, crescendo como uma onda gigante, até que começam a cair pingos da chuva que iria dominar a cidade por algum tempo. E com a chuva uma tempestade de areia indicando do que se tratava a onda que se formava no céu. Correr para um dos espaços precisamente postos naquele terraço, permitia a Ana e Pedro Luis desfrutarem daquele espetáculo da natureza.
                Abraçados curtiram aquele momento, que valeu por toda a viagem daquele ano e certamente inspirará as outras que virão. Enquanto Pedro Luis voltava para aquele cenário com Ana, o casal do inicio da cena os observa felizes, um dos amigos recém chegados pergunta:
- Como vocês foram parar assim em Dubai?
- Ah sim, essa parte a gente não contou. – Disse Pedro Luis.

- Fomos visitar a Val na Austrália e Dubai era escala na volta para o Brasil. – Completou Ana.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Dia-a-diálogos I

Capitalismo Holístico
Zanetti: O cara tem que ir atrás de dinheiro.
Julia: Mas também tem que fazer o que gosta.
Zanetti: Claro, fazer o que ama faz diferença.
Julia: Tudo o que a gente faz com saúde e amor, a gente ganha grana.
Zanetti: Se puxou hein? Isso é letra de um reggae capitalista.
Filpo: Isso é um capitalismo holístico.

Carambolou
- Eu estava trabalhando quando tudo aconteceu.
- O que rolou?
- O cara que tropeçou nas próprias pernas.
-Ah aquele que carambolou?
- Esse mesmo.

Análise
-Hoje eu fui na análise.
-E aí, como que foi?
-Ah, passei uma hora lá...

Em algum lugar de uma outra linha do tempo alguém decide comprar um cachorro quente, outro alguém reclama de um bolinha apertada em um cigarro mentolado e alguém perdido olha para o lado após escutar um som de chicotada e perceber que foi apenas um indicador batendo contra um polegar.