Uma criança com o joelho
arranhado sentada na calçada, um senhor se aproximando. Antes que o aviso de “vai
arder” termine, o garoto já sentiu o quanto aquele arranhão vai arder. Agradece
ao avô e sai correndo novamente, agora já sabe que a ardência é uma companheira
que às vezes lhe visitará em suas brincadeiras. Coisas de criança.
Duas
meninas e um menino, meio perdidos, meio atentos. Comportados, esperam não ser
alvo das dúvidas dos adultos. Crianças não entendem os adultos, que não
entendem as crianças. Mas todos irão se compreender, com o tempo e com amor. As
duas meninas e o menino estão crescendo juntos.
O
cheiro de pão novinho vindo do forno, o café da tarde. A doce mamãe e a sua
criançada. Quer estejam falando sobre bonecos, bonecas e bolas. Quer estejam
falando sobre o futuro, porque acham que sabem demais daquilo que estudam. À
doce mamãe a sua criançada.
O
grito de gol que felizmente se repete, se alcança e se sonha. Uma bola e um
guri de seis anos dando seu primeiro chute. O mesmo time e o mesmo talento
também com outra bola. Enfim, alguém que segue os passos de papai.
O
sorriso da vovó a iluminar um jardim inteiro, cinco crianças correndo do seu
jeito. Ela diz para serem cuidadosos, mas sabe que eles não a escutarão. Essas
crianças de hoje em dia são muito urgentes em suas brincadeiras. Ela ri boba
quando as meninas perguntam se ela passeava com o vovô por este jardim quando
eram namorados. Ela diz que em um jardim parecido, esse é novo, ela reservou
para as crianças brincarem.
Duas
doutoras, elegantes em seus trabalhos e destacadas naquilo que fazem por amor à
profissão. Lindas como só Paris poderá me contar um dia. Com livros e muitos
conselhos sobre disciplina indicavam que o estudo é o melhor caminho. Até que
um dia conseguiram explicar que suas qualidades vinham da sua cultura e não de
suas posses. E o que era ilusão simplesmente se realizou. Abençoados sejam os
sonhos e o caminho das suas realizações.
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