terça-feira, 11 de outubro de 2016

Chuva de aparelhos

Depois do almoço chove aparelhos na porta do poeta. O almoço pede um descanso, a calçada convida para sentar. Chove na calçada do poeta em um dia de sol. 

O vento abre a caravela do manifesto pela vida, mas você precisa ir até lá para entender o que isso quer dizer. Mas preste atenção, pois pode tropeçar em gostas de chuva em dias de sol, e de chuva também. Muito próximo às paredes, ou soando rápido em um espio. 

Há inúmeros aparelhos chovendo em bips, toques, canções, alguns vão de fone de ouvido alguma canção para ouvir. Na casa do poeta a modernidade chegou ,sem o susto do passado sobre o futuro. Naturalmente você não vai tropeçar em gotas de chuva em dias de sol, e de chuva também, pois estamos todos na mesma nuvem, trocando dados. 

Mas se eu puder ser atrevido, em toda esta cena eu estava sem o meu guarda chuva celular (sic) , ele seguido me diz: "vai dar uma banda sem eu, deixa eu carregar desligado". Enxergar a poesia depende apenas de querer enxergar. 

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